Apps, teleatendimento e IA ampliam mercado de trabalho na enfermagem
Na Unaerp, Mestrado em Saúde e Educação, graduação em Enfermagem e em Engenharia de Software desenvolvem e utilizam aplicativos de recurso e informação ...

Na Unaerp, Mestrado em Saúde e Educação, graduação em Enfermagem e em Engenharia de Software desenvolvem e utilizam aplicativos de recurso e informação em saúde (Crédito: DICom) Os avanços tecnológicos do universo digital fazem cada vez mais parte do dia a dia das pessoas, mudando comportamentos, processos e profissões. Na área de saúde, o impacto tem sido bastante forte e passa a exigir dos profissionais novos aprendizados e redobrado cuidado ao lidar com a privacidade dos pacientes. A enfermagem é uma das profissões que tem seu perfil alterado pelas novas tecnologias. Enfermeiros que antes realizavam seus atendimentos em postos e clínicas de saúde e hospitais agora podem atender a distância, por meio de teleatendimento, como chamadas de vídeos ou outros canais de comunicação via rede. A enfermeira Isabella Fiorante, formada na Unaerp, fala da sua paixão pela Enfermagem, dos estágios que realizou e do campo de trabalho (Crédito: TV Unaerp) Chats de conversa, reunião online, mensagens de áudio ou texto por whatsapp já são tecnologias acessíveis à maioria da população, inclusive de baixa renda. Nessas modalidades de conversa, os idosos são os que podem se sentir excluídos por não dominarem com os recursos com facilidade. Ainda assim, boa parte dos 70+ e 80+ já aprenderam - a maioria, com os netos - a fazer ou receber uma ligação em vídeo, por exemplo. A professora Silvia Sidnéia da Silva, graduada, mestre e doutora pela Escola de Enfermagem da USP de Ribeirão Preto, e coordenadora do curso de Enfermagem da Universidade de Ribeirão Preto (Unaerp), comenta que a saúde está se adaptando velozmente à evolução tecnológica e vem alterando a rotina dos enfermeiros, ampliando possibilidades de cuidado. “Essa adaptação tem sido progressiva às novas tecnologias tornando-se cada vez mais digital, analítica e estratégica. São mudanças tecnológicas que visam integrar inovações que ampliam a capacidade de cuidar do paciente de forma mais personalizada”, comenta. Aplicativos e plataformas digitais de prontuários eletrônicos, recursos de apoio à tomada de decisão, ferramentas que monitoram a higienização das mãos são algumas das tecnologias utilizadas (Crédito: DICom Unaerp) SAÚDE NA ERA DIGITAL Segundo a coordenadora Silvia, essa digitalização de processos e procedimentos já é algo que vem de tempos na área da saúde, mas a pandemia de Covid-19 ajudou a acelerar as mudanças na área da enfermagem. Com o isolamento social e a necessidade de atendimento à distância, os enfermeiros passaram a usar com maior frequência recursos digitais, com atendimento e monitoramento remoto. “A pandemia funcionou como um catalisador da inovação na enfermagem”, diz. Em 2022 foi regulamentada a prática do Tele Atendimento, mas no ano seguinte ela sofreu algumas alterações para se adequar à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Assim, atualmente existem diversos aplicativos e plataformas digitais que fazem parte da rotina dos enfermeiros brasileiros. Dos prontuários eletrônicos para registro e consulta de informações de saúde; até aplicativos de apoio à tomada de decisão, avaliação de feridas; ferramentas que monitoram a higienização das mãos; plataformas de conhecimento; além do Canal Telessaúde, usado na Atenção Básica no combate à dengue. Mas ela ressalta que o uso de recursos digitais não é novidade no Brasil. Ao menos desde 1991, quando o Datasus foi criado, o país já utiliza o prontuário eletrônico para registro e consulta de informações. E a ele uma série de aplicativos se somaram na rotina de trabalho do profissional de saúde para auxiliar na avaliação, monitoramento e outros procedimentos. Segundo Silvia, essas tecnologias oferecem apoio direto na assistência e permitem acompanhar o paciente em tempo real e fazer tomadas de decisão rápidas, além de organizar dados de saúde de forma integrada e acessível. Na gestão, eles auxiliam no gerenciamento de escalas, indicadores epidemiológicos e qualidade da assistência. “Essas tecnologias estão ligadas à segurança do paciente, pois possibilitam a melhora do trabalho em equipe, minimizam erros e oferecem cuidado mais personalizado”, destaca. A coordenadora do curso de Enfermagem e do Mestrado em Saúde e Educação da Unaerp, Silvia Sidnéia (à dir.), orienta os estudantes no atendimento na UPA da Av. Treze de Maio (Crédito: DICom Unaerp)