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Homem se passa por funcionário da Vigilância Sanitária de Monte Alto, SP, e pede R$ 1 mil para não fiscalizar distribuidora de bebidas

Homem se passa por advogado da Vigilância Sanitária de Monte Alto (SP) para aplicar golpe a empresário Reprodução/g1 Um empresário de Monte Alto (SP) proc...

Homem se passa por funcionário da Vigilância Sanitária de Monte Alto, SP, e pede R$ 1 mil para não fiscalizar distribuidora de bebidas
Homem se passa por funcionário da Vigilância Sanitária de Monte Alto, SP, e pede R$ 1 mil para não fiscalizar distribuidora de bebidas (Foto: Reprodução)

Homem se passa por advogado da Vigilância Sanitária de Monte Alto (SP) para aplicar golpe a empresário Reprodução/g1 Um empresário de Monte Alto (SP) procurou a Vigilância Sanitária da cidade nesta quarta-feira (8) após ser abordado por um falso agente, por meio de um aplicativo de mensagens instantâneas, que pedia dinheiro para que a distribuidora de bebidas dele não fosse fiscalizada em uma operação que aconteceria em breve. Ao g1, a Prefeitura de Monte Alto disse que tem intensificado as ações na cidade por conta dos crescentes casos de bebidas adulteradas no estado de São Paulo, e enfatizou que a pessoa que entrou em contato com o empresário não faz parte do quadro de funcionários. A administração municipal ainda fez o alerta para a tentativa de golpe. O diretor de Saúde da cidade registrou um boletim de ocorrência. ✅Clique aqui para seguir o canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Em nota, a prefeitura informou que, em uma primeira apuração do caso, descobriu que o valor pedido pelo suposto advogado para evitar a falsa fiscalização variava de R$ 500 a R$ 1 mil. "A Vigilância em Saúde confirma que não se trata de nenhum funcionário do setor (ou da Prefeitura). É provável ainda que esse contato tenha sido hackeado para tentar o golpe. A Prefeitura já contatou o delegado e o diretor da pasta fez Boletim de Ocorrência". O empresário não quis dar entrevista e disse estar assustado, porque o golpista chegou a citar nomes de clientes e dizer que um deles havia denunciado a distribuidora, que fica na região central de Monte Alto. O g1 entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem. Mensagens e ligações por aplicativo O empresário disse que recebeu uma mensagem por volta das 8h45 desta quarta-feira de uma pessoa se identificando como doutor Álvaro Ribeiro, dizendo que era da Vigilância Sanitária de Monte Alto. Na sequência, o homem ligou para a vítima. Quatro minutos depois, a vítima retornou a ligação e eles conversaram por oito minutos. Segundo o empresário, o homem disse que era advogado e comentou sobre uma operação que seria realizada para fiscalização de adulteração de bebidas em dezenas de estabelecimentos e que o empresário havia sido 'denunciado'. Para que o estabelecimento dele não fosse fiscalizado, o falso agente pediu um valor em dinheiro, que variou entre R$ 500 e R$ 1 mil. O empresário desconfiou da situação, principalmente porque, ainda segundo ele, o golpista usou gírias durante a conversa e falava em tom informal, o que, para ele, não condizia com a postura de um servidor público. Por conta disso, ele procurou a Prefeitura de Monte Alto e fez a denúncia. Além de pedir o valor em dinheiro, durante a ligação o suspeito também citou nomes de clientes do estabelecimento. Ao g1, a prefeitura informou que, assim que tomou conhecimento do caso, entrou em contato com outros estabelecimentos na cidade, entre lojas de conveniências e distribuidoras, mas nenhum deles relatou ter recebido ligações semelhantes. Até o momento, nenhuma distribuidora de bebidas na cidade foi autuada por comercialização de bebidas adulteradas. A fiscalização segue em vigor. Bebidas adulteradas Reprodução/EPTV Mais falsos agentes Além de Monte Alto, a Prefeitura de Jardinópolis (SP) também informou que pessoas na cidade estão se passando por fiscais da Vigilância Sanitária para agendar inspeções falsas. De acordo com a administração, a taxa cobrada em Jardinópolis é de cerca de R$ 400. Em uma publicação nas redes sociais, a prefeitura orientou comerciantes e empresários a não fornecerem dados pessoais, não realizarem pagamentos e confirmarem quaisquer informações de operações por meio dos canais oficiais. Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão Preto e Franca VÍDEOS: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região